quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

COMPONENTES - O "Teatro"

Os teatros mais antigos que se conhecem são os da Grécia, construídos em encostas escavadas, cobertas por fileiras de arquibancadas semicirculares; eram ao ar livre, os assentos eram dispostos numa colina inclinada e o palco era apenas um relvado. Já os teatros Romanos se situavam longe das colinas e o palco constituía uma unidade junto com o auditório semicircular. Havia anfiteatros enormes, como o Coliseu Romano, que pareciam teatros duplos com uma arena central.

O palco é a estrutura para apresentações de peças de teatro, dança etc. É um espaço visual para o público ou área de cena, um tablado ou estrado destinado às representações, em geral construído de madeira, e que pode ser fixo, giratório ou transportável, bem como tomar várias formas e localizações em função da platéia, que pode situar-se à frente dele ou circundá-lo por dois ou mais lados.

O mais conhecido e utilizado dos palcos modernos é, sem dúvida, a "caixa mágica": o Palco Italiano. Um palco retangular, em forma de caixa aberta na parte defronte ao público e em plano acima da platéia, provido de:

Moldura (conhecido como boca de cena, proscênio ou ante-cena) com a cortina de boca, geralmente movimentada no sentido vertical logo atrás da moldura;


Bastidores laterais (ou coxias): servem de entrada e saída dos atores;

Varas de cenário e luz: barras de metal ou madeira, disposta acima do palco, onde se apóiam canhões de luz e se penduram cenários ou objetos cênicos;

Bambolinas (às vezes): pano estreito que tapa o teto do palco, ocultando os refletores e varas de cenário quando necessário;

Pernas: podem ser biombos ou panos que servem de entrada de coxia e também ajudam a diminuir o espaço cênico;

Ciclorama: cortina branca ou azul claro, esticada, semelhante a uma tela ao fundo do palco com armação em forma de "U", usado principalmente para projeções;

Rotunda: pano de fundo preto que pode esconder o ciclorama e servir de fundo neutro à cena;

Poço da Orquestra (em alguns casos): um espaço à frente do palco destinado aos músicos.

No chão podemos encontrar em alguns casos o Linóleo, um tapete de borracha especial colocado como forração do piso com a função de proteção e/ou acabamento. Também é utilizado para amortecer impacto de movimentos, sendo muito utilizado em espetáculos de dança.


O Palco Elisabetano, também chamado de Palco Isabelino, é aquele que tem o proscênio prolongado, com um segundo plano (muitas vezes coberto) onde existem algumas aberturas, tais como janelas. É um espaço fechado em que o público o circunda por três lados. A estrutura do Teatro Elisabetano, em geral, é circular, hexagonal ou octogonal e caracteriza-se por um edifício em um grande pátio, com o palco localizado ao fundo.


Mesmo que não sejam inspirados nos espetáculos medievais, os Espaços Múltiplos estão ligados à uma concepção moderna de teatro do século XX. Têm um pouco das características do teatro feito em praças da Idade Média. São galpões ou áreas abertas, às vezes com arquibancadas móveis que modificam a configuração do teatro para cada espetáculo.


O Palco Giratório é um tipo de palco cujo assoalho é construído sobre mecanismos que possibilitam o movimento giratório dos mesmos. Serve, basicamente, para mudanças rápidas de cenário. Sua origem é atribuída ao kabuki japonês, que o utiliza desde o século XVII.

No Palco de Arena o público senta-se em uma arquibancada a seu redor propiciando uma relação mais estreita entre atores a platéia.

A Semi-arena é constituída de uma plataforma que avança pela platéia, ficando esta disposta em semicírculo ao seu redor.


Num edifício teatral encontra-se ainda:

O Monta-cargas é um tipo de elevador, grande e aberto, usado transportar cenários, geralmente do subsolo/fosso até o palco.


Destinado aos espectadores, há a Platéia ou Arquibancadas, assentos feitos em nível ou ainda, os balcões para acomodar o público acima da platéia. Geralmente são dispostos no fundo da sala. Podem avançar pelas paredes laterais até a boca de cena.

O Foyer é o recinto adjacente à sala de espetáculos, para a reunião do público antes, depois ou nos intervalos do espetáculo.


Há ainda o camarim, uma sala destinada à troca de roupa e concentração dos atores.

Um tipo mais recente e moderno de teatro tem se tornado cada vez mais comum devido à necessidade das pequenas companhias teatrais de dispor de um espaço próprio, visto que os grandes teatros e arenas nem sempre estão livres para seus trabalhos. Trata-se do Teatro de Bolso, nascido nos subúrbios de Londres e rapidamente assimilado no cenário cultural de muitos outros países, como os Estados Unidos.

Chamado de "Pocket Theater", sua principal característica é ser pequeno tanto no espaço destinado ao público como no próprio espaço cênico. Nem sempre dispõe de todos os recursos de um teatro comum e muitas vezes é montado em espaços alternativos, adaptados para o ambiente do espetáculo (casas, oficinas, bares, galpões etc.).

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