domingo, 19 de agosto de 2012

19/08/2012

Hoje é o nosso dia, o dia do ator
Parabens a todos os atores e atrizes deste pais.

Ator

Nas artes cénicas, um ator/atriz (AO 1945: actot/actriz) é a pessoa que cria, interpreta e representa uma ação dramática baseando-se em textos, estímulos visuais, sonoros e outros, previamente concebidos por um autor ou criados através de improvisações individuais ou colectivas; utiliza-se de recursos vocais, corporais e emocionais, apreendidos ou intuídos, com o objetivo de transmitir ao espectador o conjunto de ideias e ações dramáticas propostas; pode utilizar-se de recursos técnicos para manipular bonecos, títeres e congéneres; pode interpretar sobre a imagem ou a voz de outrem; ensaia procurando aliar a sua criatividade à do encenador; atua em locais onde se apresentam espetáculos de diversões públicas e/ou nos demais veículos de comunicação.

O primeiro ator da história chamava-se Tespis, que criou o monólogo ao apresentar-se em plena Dionisíaca, na Grécia Antiga, no século V a.C. em Atenas. Trazido de Icária pelo tirano Pisístrato, o pretenso ator (que na época chamava-se hipocritès ou seja fingidor), munido de máscara e vestindo uma túnica, interpretou o deus Dionísio, destacando-se do coro, sobre a sua carroça que mais tarde ficaria conhecida como “carro de Tespis”, criando um argumento artístico dentro de uma apresentação litúrgica politeísta, criando o papel do protagonista, num movimento que futuramente ficaria conhecido como tragédia grega.

Tespis também criou a conotação de segundo ator, ou o que mais tarde Ésquilo chamaria de deuteragonista, ao interpretar dois personagens através de duas máscaras (uma na parte frontal do corpo e outra na parte das costas).!

Fonte: Wilkipedia, "ator" assessado em 19/08/2012

Um profissão esteriotipada por muitos, que sem ao menos conhecer um pouco desse trabalho diário e complexo abrem a boca pra dizer que todo ator é vagabundo, desocupado e as vezes até drogado.
Mal sabem eles que ser ator é uma das profissões mais dificeis que existe. E que só tem resultado se houver Dedicação, Comprometimento e Sacrifício.
O Ator tem que estudar sempre, se atualizar, nunca pode se...
dar ao luxo de achar que está no nível mais alto. Por ter o corpo em geral como seu principal instrumento de trabalho, ele tem que estar saudável, preparado em perfeita harmonia.
Atuar não é simplesmente pegar um texto, estudá-lo, decorá-lo e depois falar aquilo que estava no papel. É muito mais que isso. É você abrir o seu corpo, sua alma, derrubar qualquer barreira ou obstáculo que seu corpo possua e perceber aquele personagem, se colocar no seu lugar, sentir sua essência, suas emoções e transmiti-las da maneira mais orgânica e natural possível.

Ser Ator é Isso...
E muitas outras coisas, que de tão divinas e explendidas que são,
nós atores não conseguimos explicar...
Apenas Sentimos.

PARABÉNS A TODOS OS ATORES !
Texto escrito pela Cia de Teatro Luzes de Narciso

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Cine Eldorado corre o risco de ser extinto em 2012

Lugar pródigo em delícias e riquezas. É assim que o dicionário Aurélio define a palavra “eldorado”. E é assim que a maioria dos cinéfilos de Rio Preto enxerga o Cine Eldorado. Inaugurado em 1990, na rua Bernardino de Campos, entre as ruas Mirassol e Independência, este último endereço de cinema de rua da cidade corre o risco de ser extinto em 2012.

Desde que o Grupo Chainça assumiu a admistração, em 1998, não é a primeira vez que o espaço ameaça trancar as portas. Em maio de 2003, por exemplo, o Diário da Região publicou que o fechamento poderia ocorrer por falta de público.

É justamente a baixa demanda que condenou os cines Bandeirantes e República, em Catanduva, a parar de funcionar até o fim do mês que vem. Por aqui, entretanto, o motivo é outro. Segundo a sócia-proprietária da empresa cinematográfica, Patrícia Helena Zago, o possível encerramento das atividades estaria ligado a uma determinação dos donos do prédio, que teriam a intenção de demolir esta e as construções vizinhas para criar um complexo comercial.

A reportagem do Diário da Região tentou entrar em contato com os proprietários do imóvel. Porém, Walter Spotti Neto, um dos representantes dos negócios da família, preferiu não se manifestar sobre o assunto. Patrícia explica que o comunicado pegou a equipe de surpresa, há cerca de 20 dias, pedindo a desocupação em três meses.

“A gente descobriu que esse projeto de reforma do quarteirão existe há dois anos. Ficamos chocados, porque fizemos várias reformas e não sabíamos de nada”, emenda o gerente de marketing do cinema, Christian Gilberto Trombetta.

Recentemente, foram feitas adequações na fachada e nas instalações elétricas e hidráulicas. Ainda havia projetos de melhoria em desenvolvimento, como a aquisição de um projetor digital (hoje, as produções são rodadas em película 35 mm) e a criação de um café, que serviria de ponto de encontro para debates.

Trombetta acrescenta que, até o momento, a única alternativa para evitar o fim proposta pelos proprietários seria o reajuste do aluguel em inviáveis 550%.A sugestão do Grupo Chainça era modernizar a estrutura, ampliando a capacidade de espectadores para viabilizar custos mais altos. Mas não houve acordo. “Nós nos sentimos lesados. Por que não incluir o cinema em um polo cultural? A resposta foi bastante desagradável: porque comercialmente não haveria lucro”, diz Patrícia.

Drama semelhante em SP

Criado em 1943, o Cine Belas Artes, de São Paulo, passou por drama semelhante. Apesar das mobilizações populares favoráveis, o antigo cinema, localizado na rua da Consolação, quase esquina com a Avenida Paulista, encerrou suas atividades em 17 de março do ano passado. O motivo do fechamento foram os altos preços do setor imobiliário na região nobre da cidade.

Como o contrato entre os administradores e os donos do imóvel estava vencido, o reajuste do aluguel subiria de R$ 60 mil para R$ 150 mil, inviabilizando a renovação da parceria. O empresário Flávio Maluf pretendia que o local fosse alugado para uma loja. Mais de um ano depois, não foi o que ocorreu.

Na época do impasse, houve uma tentativa de tombamento do prédio, mas o Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp) e o Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat) negaram o pedido.

Na avaliação do promotor Washington Luiz Lincon de Assis, o arquivamento nos dois órgãos seria um indício de que a análise foi superficial. Por isso, o Ministério Público solicitou a reabertura dos processos. A Prefeitura teria conseguido a cassação da liminar e o Estado teria alegado que o processo não foi encerrado, o que ainda protege o local de intervenções.

A Câmara de São Paulo também se manifestou sobre o assunto, com a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que apura supostas irregularidades no processo de tombamento. A investigação teve início em março deste ano, por iniciativa do vereador Eliseu Gabriel. Segundo o autor, embora a construção não tenha características arquitetônicas relevantes, o Belas Artes é um bem imaterial de São Paulo, por isso, deve ser preservado.

Já o diretor do departamento do patrimônio histórico da Prefeitura, Walter Pires, disse, no fim de junho, que só o tombamento não garante a utilização do espaço com a finalidade cultural. Ele sugeriu que a CPI dê mais atenção para a legislação e estude possíveis mudanças no texto.

Sala é refúgio popular e intelectual

Desde a chegada do multiplex no Riopreto Shopping Center, no final de 2001, o Cine Eldorado mudou seu foco de exibição. Hoje, a empresa identifica dois filões: o grupo intelectual, que busca filmes de arte como alternativa ao circuito comercial, e o popular, que procura opções de lazer baratas.

A única sala, com 125 poltronas, costuma receber, em média, 60 pessoas por sessão. Filmes considerados “cult” ou nacionais ocupam posição de destaque na grade - inclusive por meio de festivais temáticos. No ano passado, por exemplo, o Eldorado recebeu R$ 26,5 mil do Prêmio Adicional de Renda (PAR), edital da Agência Nacional de Cinema (Ancine), que contempla divulgadores de títulos brasileiros.

Porém, para ajudar a pagar as contas, blockbusters - na maioria das vezes, animações, como “A Era do Gelo 4” - também costumam entram em cartaz. A estratégia fidelizou boa parte dos frequentadores, como a professora aposentada Iunci Picerni Bavaresco, 62 anos, que não perde uma estreia.

Quando morava na Capital, ela gostava de frequentar o Cine Belas Artes. Na última década, já radicada no Interior, elegeu o Cine Eldorado seu substituto. “O que o povo mais precisa é de educação e cultura. Perder um equipamento importante como esse é um pecado.”

A bibliotecária Marciana Gomes Lopes, 52, também sente prazer em assistir à programação diferenciada. “Fico muito entristecida com a notícia, porque os filmes são maravilhosos. O Cine Eldorado é um oásis de inteligência em meio à mediocridade enlatada.” A opinião é compartilhada pela escritora Rosalie Gallo y Sanches, que integra a Academia Rio-pretense de Letras e Cultura, preside a Amici d’Italia e coordena o Núcleo de Cultura da Associação Comercial e Empresarial de Rio Preto (Acirp).

Para ela, o cinema representa uma tradição romântica da cidade e, caso deixe de existir, prejudicará, principalmente, aqueles que não podem pagar pelo conforto dos shoppings. “Estamos mobilizando conhecidos para que possamos reverter a situação”, planeja.

À beira da extinção

O desaparecimento dos chamados “cinemas de rua”, aqueles instalados no centro das cidades, não é um fenômeno pontual. De acordo com o crítico e professor de cinema Franthiesco Ballerini, autor do recém-lançado livro “Cinema Brasileiro no Século 21”, esse é um fato identificado em todo o Ocidente. No Brasil, o marco para essa decadência tem mais de 40 anos.

“Isso começa a acontecer a partir dos anos 1970 no Brasil, com o inchaço das cidades, aumento da violência e, portanto, os shoppings se tornando locais mais ‘seguros’ para lazer, deteriorando os cinemas de rua. O maior golpe, porém, acontece nos anos 1990, com a abertura da economia e a entrada de grandes redes internacionais de exibição.”

Ballerini explica ainda que as salas dos shoppings passaram a chamar mais atenção do público por oferecerem um maior número de opções de filmes e serem mais modernas em termos de imagem e som. Mas nem sempre foi assim. As salas centrais celebraram momentos áureos. “O apogeu aconteceu a partir dos anos 1940, quando o cinema brasileiro começou a se organizar e atrair mais espectadores, especialmente graças a fenômenos como a chanchada”, afirma.

Novos hábitos

Estudiosa da história de Rio Preto, Nilce Lodi acredita que a incorporação de novos hábitos pela sociedade local resultou na redução da procura pelos cinemas centrais, provocando o fechamento de muitos deles. Ela explica que, com a disseminação dos aparelhos de TV no município, a população passou a ter acesso a um novo entretenimento, sem precisar sair de casa.

A partir disso, surge uma situação bem diferente da vivenciada nos anos 1950 e 1960, período considerado por ela o auge das salas de cinema rio-pretenses. “Na época, as artistas de Hollywood eram um grande chamariz. Também tinha o cinema italiano, um pouco mais pesado, mas em segundo plano.”

Mais tarde, com as cidades crescendo, novas formas de entretenimento surgindo e os shoppings sendo vistos como locais seguros e “impérios” de entretenimento, os cinemas do centro sofrem ainda mais. “Clientes reclamavam que não tinham coragem de sair das sessões à noite. E, nos shoppings, há também outras diversões”, diz o advogado Edvar Curti, membro da família que foi ícone do cinema na região de Rio Preto no século 20, controlando a maior parte das salas.

Atualmente, ele comanda a administração do Praça Shopping, no centro de Rio Preto, local que, no passado, abrigou o cinema mais imponente da cidade, o Cine Rio Preto. E a mudança não ocorreu somente por aqui. Curti conta que, em cidades como Santa Fé do Sul e Fernandópolis, os espaços antes usados para projeção hoje abrigam órgãos públicos e igrejas. “Até em Ibirá tínhamos cinema”, lembra.

Hoje, junto com o orgulho de fazer parte da família que tem a história atrelada ao auge cinematográfico em Rio Preto, Curti também se sente frustrado pela decadência dos cinemais de rua. “É uma pena, realmente. Cinema, hoje, é bom negócio para os shoppings.”

Com infância e juventude atreladas ao cinema, Curti se surpreende com as escolhas de alguns adolescentes de hoje. “Encontrei um menino de 16 anos na academia que frequento que nunca entrou em um cinema. Ouvi isso e saí magoado. Sou de um tempo que com essa idade víamos faroeste.”

O jornalista e documentarista Fernando Marques, de Rio Preto, acredita que todo mundo sai perdendo com o fechamento das salas centrais. “Acho que não só a população perde, como a própria cidade, já que cada vez mais temos menos gente circulando pelo Centro.”

Curti diz ter esperança de uma retomada dos cinemas de rua. E o otimismo dele não é utópico. Algumas experiências mostram que empresas que buscam caminhos alternativos encontram chances de sobreviver. “Em São Paulo, algumas salas de rua continuam muito bem, como o Espaço Itaú de Cinema e o Reserva Cultural.

Isso porque conseguiram oferecer uma gama incrível de bons filmes de arte, impossíveis de encontrar nos shoppings, atraindo cinéfilos e interessados por um cinema de qualidade, inteligente. Mas tudo depende da localização. Tenho dúvidas se cinemas em centros deteriorados funcionariam hoje em dia”, diz Ballerini.



Fonte: www.diarioweb.com.br - por Daniela Fenti e Vívian Lima - acessado em 13/08/2012

sábado, 11 de agosto de 2012

Ser pai...

Ser pai...
É acima de tudo, não esperar recompensas.
Mas ficar feliz caso e quando cheguem.
É saber fazer o necessário por cima e por dentro da incompreensão.
É aprender a toleância com os demais e exercitar a dura intolerância (mas compreensão) com os próprios erros.

Ser pai...
É aprender errando, a hora de falar e de calar.
É contentar-se em ser reserva, coadjuvante, deixando para depois.
Mas jamais falar no momento preciso.
É ter a coragem de ir adiante, tanto para a vida quanto para a morte.
É viver as fraquezas que depois corrigirá no filho, fazendo-se forte em nemo dele e de tudo o que terá de viver para compreender e enfrentar.

Ser pai...
É aprender a ser contestado mesmo quando no auge da lucidez.
É esperar.
É saber que experiência só adianta para quem a tem, e só se tem vivendo.
Portanto, é aguentar a dor de ver os filhos passarem pelos sofrimentos necessários, buscando protegê-los sem que percebam, para que consigam descobrir os próprios caminhos.

Ser pai...
É saber e calar.
Fazer e guardar.
Dizer e não insistir.
Falar e dizer.
Dosar e controlar-se.
Dirigir sem demonstrar.
É ver dor, sofrimento, vício, queda e tocaia, jamais transferindo aos filhos o que, a alma, lhe corrói.

Ser pai...
É ser bom sem ser fraco.
É jamais transferir aos filhos a quota de sua imperfeição, o seu lado fraco, desvalido e órfão.

Ser pai...
É aprender a ser ultrapassado, mesmo lutando para se renovar.
É compreender sem demonstrar, e esperar o tempo de colher, ainda que não seja em vida.

Ser pai...
É aprender a sufocar a necessidade de afago e compreensão.
Mas ia às lágrimas quando chegam.

Ser pai...
É saber ir-se apagando à medida em que mais nítido se faz na personalidade do filho, sempre como influência, jamais como imposição.
 É saber ser herói na infância, exemplo na juventude e amizade na idade adulta do filho.
É saber brincar e zangar-se.
É formar sem modelar, ajudar sem cobrar, ensinar sem o demonstrar, sofrer sem contagiar, amar sem receber.

Ser pai...
É saber receber raiva, incompreensão, antagonismo, atraso mental, inveja, projeção de sentimentos negativos, ódios passageiros, revolta, desilusão e a tudo responder com capacidade de prosseguir sem ofender; de insistir sem mediação, certeza, porto, balanço, arrimo, ponte, mão que abre a gaiola, amor que não prende, fundamento, enigma, pacificação.

Ser pai...
É atingir o máximo de angústia no máximo de silêncio.
O máximo de convivência no máximo de solidão.
É, enfim, colher a vitória exatamente quando percebe que o filho a quem ajudou a crescer já, dele, não necessita para viver.
É quem se anula na obra que realizou e sorri, sereno, por tudo haver feito para deixar de ser importante.

Autor Desconhecido

Nós da Cia. Dunada de Teatro, desejamos a todos um feliz dia dos pais.