domingo, 30 de setembro de 2012

Ariano Suassuna

Ariano Vilar Suassuna (João Pessoa, Paraíba, 16 de Junho de 1927) é um dramaturgo, romancista e poeta brasileiro.
 
Ariano Suassuna, um defensor da cultura do Nordeste, é um dramaturgo brasileiro, autor de Auto da Compadecida e A pedra do reino.
 
Biografia
 
Ariano Vilar Suassuna nasceu em Nossa Senhora das Neves, hoje João Pessoa (PB), em 16 de Junho de 1927, filho de Cássia Villar e João Suassuna. No ano seguinte, seu pai deixa o governo da Paraíba e a família passa a morar no sertão, na Fazenda Acauhan, em Taperoá.
 
Com a Revolução de 30, seu pai foi assassinado por motivos políticos no Rio de Janeiro e a família mudou-se para Taperoá, onde morou de 1933 a 1937. Nessa cidade, Ariano fez seus primeiros estudos e assistiu pela primeira vez a uma peça de mamulengos e a um desafio de viola, cujo caráter de “improvisação” seria uma das marcas registradas também da sua produção teatral.
 
A partir de 1942 passou a viver no Recife, onde terminou, em 1945, os estudos secundários no Ginásio Pernambucano e no Colégio Osvaldo Cruz. No ano seguinte iniciou a Faculdade de Direito, onde conheceu Hermilo Borba Filho. E, junto com ele, fundou o Teatro do Estudante de Pernambuco. Em 1947, escreveu sua primeira peça, Uma Mulher Vestida de Sol. Em 1948, sua peça Cantam as Harpas de Sião (ou O Desertor de Princesa) foi montada pelo Teatro do Estudante de Pernambuco. Os Homens de Barro foi montada no ano seguinte.
 
Em 1950, formou-se na Faculdade de Direito e recebeu o Prêmio Martins Pena pelo Auto de João da Cruz. Para curar-se de doença pulmonar, viu-se obrigado a mudar-se de novo para Taperoá. Lá escreveu e montou a peça Torturas de um Coração em 1951. Em 1952, volta a residir em Recife. Deste ano a 1956, dedicou-se à advocacia, sem abandonar, porém, a atividade teatral. São desta época O Castigo da Soberba (1953), O Rico Avarento (1954) e o Auto da Compadecida (1955), peça que o projetou em todo o país e que seria considerada, em 1962, por Sábato Magaldi “o texto mais popular do moderno teatro brasileiro”.
 
Em 1956, abandonou a advocacia para tornar-se professor de Estética na Universidade Federal de Pernambuco. No ano seguinte foi encenada a sua peça O Casamento Suspeitoso, em São Paulo, pela Cia. Sérgio Cardoso, e O Santo e a Porca; em 1958, foi encenada a sua peça O Homem da Vaca e o Poder da Fortuna; em 1959, A Pena e a Lei, premiada dez anos depois no Festival Latino-Americano de Teatro.
 
Em 1959, em companhia de Hermilo Borba Filho, fundou o Teatro Popular do Nordeste, que montou em seguida a Farsa da Boa Preguiça (1960) e A Caseira e a Catarina (1962). No início dos anos 60, interrompeu sua bem-sucedida carreira de dramaturgo para dedicar-se às aulas de Estética na UFPe. Ali, em 1976, defende a tese de livre-docência A Onça Castanha e a Ilha Brasil: Uma Reflexão sobre a Cultura Brasileira. Aposenta-se como professor em 1994.
 
Membro fundador do Conselho Federal de Cultura (1967); nomeado, pelo Reitor Murilo Guimarães, diretor do Departamento de Extensão Cultural da UFPe (1969). Ligado diretamente à cultura, iniciou em 1970, em Recife, o “Movimento Armorial”, interessado no desenvolvimento e no conhecimento das formas de expressão populares tradicionais. Convocou nomes expressivos da música para procurarem uma música erudita nordestina que viesse juntar-se ao movimento, lançado em Recife, em 18 de outubro de 1970, com o concerto “Três Séculos de Música Nordestina – do Barroco ao Armorial” e com uma exposição de gravura, pintura e escultura. Secretário de Cultura do Estado de Pernambuco, no Governo Miguel Arraes (1994-1998).
 
Entre 1958-79, dedicou-se também à prosa de ficção, publicando o Romance d’A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta (1971) e História d’O Rei Degolado nas Caatingas do Sertão / Ao Sol da Onça Caetana (1976), classificados por ele de “romance armorial-popular brasileiro”.
 
Ariano Suassuna construiu em São José do Belmonte (PE), onde ocorre a cavalgada inspirada no Romance d’A Pedra do Reino, um santuário ao ar livre, constituído de 16 esculturas de pedra, com 3,50 m de altura cada, dispostas em círculo, representando o sagrado e o profano. As três primeiras são imagens de Jesus Cristo, Nossa Senhora e São José, o padroeiro do município.
 
Membro da Academia Paraibana de Letras e Doutor Honoris Causa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (2000).
 
Em 2004, com o apoio da ABL, a Trinca Filmes produziu um documentário intitulado O Sertão: Mundo de Ariano Suassuna, dirigido por Douglas Machado e que foi exibido na Sala José de Alencar.
Ariano Suassuna, durante evento pró-eqüidade de gênero e diversidade, em Brasília, 2007.
 
Em 2002, Ariano Suassuna foi tema de enredo no carnaval carioca; em 2008, foi novamente tema de enredo, desta vez da escola de samba Mancha Verde no carnaval paulista.
 
Em 2006, foi concedido título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal do Cará, mas que veio a ser entregue apenas em 10 de Junho de 2010, às vésperas de completar 83 anos. “Podia até parecer que não queria receber a honraria, mas era problemas de agenda”, afirmou Ariano, referindo-se ao tempo entre a concessão e o recebimento do título.
 
Estudos
 
Em 1942, ainda adolescente, Ariano Suassuna muda-se para cidade do Recife, no vizinho estado de Pernanbuco, onde passou a residir definitivamente. Estudou o antigo ensino ginasial no renomado Colégio Americano Batista, e o antigo colegial (ensino médio), no tradicionalíssimo Ginásio Pernanbucano e, posteriormente, no Colégio Oswaldo Cruz. Posteriormente, Ariano Suassuna concluiu seu estudo superior em Direito (1950), na célebre Faculdade de Direito do Recife, e em Filosofia (1964).
 
De formação calvinista e posteriormente agnóstico, converteu-se ao catolicismo, o que viria a marcar definitivamente a sua obra.
 
Ariano Suassuna estreou seus dons literários precocemente no dia 7 de Outubro de 1945, quando o seu poema “Noturno” foi publicado em destaque no Jornal do Commercio do Recife.
 
Advocacia e teatro
 
Na Faculdade de Direito do Recife, conheceu Hermilo Boba Filho, com quem fundou o Teatro do Estudante de Pernambuco. Em 1947, escreveu sua primeira peça, Uma mulher vestida de Sol. Em 1948, sua peça Cantam as harpas de Sião (ou O desertor de Princesa) foi montada pelo Teatro do Estudante de Pernambuco. Seguiram-se Auto de João da Cruz, de 1950, que recebeu o Prêmio Martins Pena, o aclamado Auto da Compadecida, de 1955, O Santo e a Porca - O Casamento Suspeitoso, de 1957, A Pena e a Lei, de 1959, A Farsa da Boa Preguiça, de 1960, e A Caseira e a Catarina, de 1961.
 
Entre 1951 e 1952, volta a Taperoá, para curar-se de uma doença pulmonar. Lá escreveu e montou Torturas de um coração. Em seguida, retorna a Recife, onde, até 1956, dedica-se à advocacia e ao teatro.
 
Em 1955, Auto da Compadecida o projetou em todo o país. Em 1962, o crítico teatral Sábato Magaldi diria que a peça é "o texto mais popular do moderno teatro brasileiro". Sua obra mais conhecida, já foi montada exaustivamente por grupos de todo o país, além de ter sido adaptada para a televisão e para o cinema.
 
Em 1956, afasta-se da advocacia e se torna professor de Estética da Universidade Federal de Pernambuco, onde se aposentaria em 1994. Em 1976, defende sua tese de livre-docência, intitulada "A Onça castanha e a Ilha Brasil: uma reflexão sobre a cultura brasileira".
 
Ariano acredita que: "Você pode escrever sem erros ortográficos, mas ainda escrevendo com uma linguagem coloquial."
 
Movimento Armorial
 
Ariano foi o idealizador do Movimento Armorial, que tem como objetivo criar uma arte erudita a partir de elementos da cultura popular do Nordeste Brasileiro. Tal movimento procura orientar para esse fim todas as formas de expressões artísticas: música, dança, literatura, artes plásticas, teatro, cinema, arquitetura, entre outras expressões.
 
Obras de Ariano Suassuna já foram traduzidas para inglês, francês, espanhol, alemão, holandês, italiano e polonês.
 
Academia Pernambucana de Letras
 
Em 1993, foi eleito para a cadeira 18 da Academia Pernambucana de Letras, cujo patrono é o escritor Afonso Olindense.
 
Academia Brasileira de Letras
 
Desde 1990, ocupa a cadeira 32 da Academia Brasileira de Letras, cujo patrono é Manoel José de Araújo Porto Alegre, o barão de Santo Ângelo.
Academia Paraibana de Letras
 
Assumiu a cadeira 35 na Academia Paraibana de Letras em 9 de Outubro de 2000, cujo patrono é Raul Campelo Machado, sendo recepcionado pelo acadêmico Joacil de Brito Pereira.
 
Obras selecionadas
 
1974 - Uma mulher vestida de sol
1948 - Cantam as harpas de Sião ou O desertor de Princesa
1949 - Os homens de barro
1950 - Auto de João da Cruz
1951 - Tortura de um coração
1952 - O arco desolado
1953 - O castigo da soberba
1954 - O rico avarento
1955 - Auto da Compadecida
1956 - Fernando e Isaura (inédito até 1994)
1957 - O casamento suspeitoso
1957 - O santo e a porca
1958 - O homem da vaca e o pobre da fortuna
1959 - A pena e a lei
1960 - Farsa da boa preguiça
1962 - A caseira e a catarina
1987 - As conchambranças de Quaderna
 
Romance
 
1956 - A história de amor de Fernando e Isaura
1971 - O romance d'A pedra do reino e o Príncipe do Sangue do vai-e-volta
1976 - História d'O rei degolado nas caatingas do sertão/Ao sol da onça Caetana
 
Poesia
 
1945/1970 - O pasto incendiado
1955 - Ode
1980 - Sonetos com mote alheio
1985 - Sonetos de Albano Cervonegro
1999 - Poemas (antologoa)

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Gianfrancesco Guarnieri

Gianfrancesco Guarnieri

Gianfrancesco Sigfrido Benedetto Guarnieri (Milão, e de Agosto de 1934 — São Paulo, 22 de Julho de 2006) foi um importante ator, diretor, dramaturgo e poeta ítalo-brasileiro, foi um artista de destaque no Tetaro de Arena de São Paulo e sua mais importante obra foi Eles não usam black-tie.
 
Por conta do fascismo que tomava conta da Itália, seus pais, o maestro Edoardo Guarnieri e a harpista Elas Martinenghi, decidiram vir para o Brasil em 1936 e se estabeleceram no Rio de Janeiro.
 
No dia 2 de Junho de 2006 gravava no Teatro Oficina a telenovela Belíssima, da Rede Globo, em que interpretava o personagem Pepe, e sentiu-se mal, tendo sido internado no Hospital Sírio-Libanês, onde veio a falecer de insuficiência renal crônica, cinquenta dias depois, no dia 22 de Julho. Foi enterrado no cemitério Jardim da Serra em cerimônia particular na cidade de Mairiporã, onde morava.
 
Biografia
 
No início dos anos 1950 a família se mudou para São Paulo. Líder estudantil desde a adolescência, Guarnieri começou a fazer teatro amador com Oduvaldo Vianna Filho (Vianinha) e um grupo de estudantes de São Paulo, e em 1955 criaram o Teatro Paulista do Estudante, com orientação de Ruggero Jacobbi. No ano seguinte, o TPE uniu-se ao Teatro de Arena, fundado e dirigido por José Renato.
 
Teatro
 
Sua peça de estreia, como dramaturgo, foi Eles não usam black-tie, encenada em 1958 pelo Teatro de Arena. A direção foi de José Renato e o elenco contou com grandes talentos que começavam a despontar no teatro brasileiro, como o próprio Guarnieri (no papel de Tião), com a estreia profissional de Lelia Abramo (Romana), Miriam Mehler (Maria), Flavio Migliaccio (Chiquinho), Eugênio Kusnet (Otávio), Francisco de Assis (Jesuíno), Henrique César (João), Celeste Lima (Teresinha), Riva Nimtz (Dalva) e Milton Gonçalves (Bráulio).
 
Programada para encerrar o trabalho do grupo, que vivia uma crise financeira, alcançou sucesso imenso, sendo um dos marcos da renovação do teatro brasileiro da época. A peça, o autor e o elenco foram premiados pelo então governador de São Paulo, Jânio Quadros, e o Arena foi salvo da crise financeira que há tempos assolava o grupo. Paralelamente, o diretor Roberto Santo dava o pontapé inicial no Cinema Novo com o filme “O grande momento”, protagonizado por Guarnieri e Miriam Pérsia, um clássico do nosso cinema.
Gianfrancesco Guarnieri
Atento a isso, o diretor Sandro Polloni encomendou uma peça a Guarnieri para ser encenada pela companhia de Maria Della Costa, esposa de Sandro e de cuja companhia teatral ele era o diretor. Guarnieri saiu do Arena por um tempo para poder realizar esse trabalho com Maria Della Costa e em 1959 veio à luz Gimba, Presidente dos Valentes. Era o primeiro trabalho de Guarnieri em palco italiano e a direção ficou a cargo de Flávio Rangel. Levava à cena de maneira pioneira a realidade dos morros cariocas, em forma de musical, inspirando-se em parte na sua própria experiência de vida. A encenação foi espetacular e a peça passou os meses seguintes excursionando pela Europa, sendo apresentada no Festival das Nações, na França.
 
A Semente estreou em 1961 no TBC e também contou com a direção de Flávio Rangel. A peça, de cunho abertamente político e inteiramente fora dos padrões do TBC, abordava de forma contundente a militância comunista, criticando tanto os métodos da direita quanto da esquerda. Embora contasse com atores consagrados (como Leonardo Villar, Cleyde Yáconis, Stênio Garcia e Natália Timberg, além do próprio Guarnieri, entre outros), fosse uma montagem grandiosa e contasse com o aval da crítica, a peça teve problemas homéricos com a censura, o que acabou esfriando o interesse dos frequentadores do então chamado “Templo Burguês do Teatro Paulista” e a peça saiu rapidamente de cartaz. Nesse mesmo ano, ainda no TBC, Guarnieri participou de duas montagens de Flávio Rangel: Almas Mortas, de Gogol e a primeira montagem de A Escada, de Jorge Andrade.
 
Em 1962 ele volta para o Arena, não só como ator e autor, mas como sócio proprietário. José Renato se alternava entre vários trabalhos no Rio e em São Paulo, e o Teatro de Arena acabou se tornando uma sociedade entre Guarnieri, Augusto Boal, Paulo José, Juca de Oliveira e o cenógrafo Flávio Império. Juntos, eles participaram de várias peças nessa nova fase, como A Mandrágora, de Maquiavel (1962) e O melhor juiz, o rei, de Lope de La Vega (1963).
 
O filho do cão, de 1964, primeiro texto de Guarnieri desde A semente, tratava da questão do misticismo religioso e da reforma agrária já em um turbulento contexto político (ano do Golpe  Militar). A partir desse momento, sua carreira, como a de todos os intelectuais ideologicamente filiados à esquerda, passou por momentos difíceis. Opta então por utilizar uma linguagem metafórica e alegórica que tomaria corpo em montagens como os musicais Arena conta Zumbi, tendo como destaque a música Upa Neguinho com parceria de Edu Lobo e Arena conta Tiradentes, feitos em parceria com Augusto Boal. Na década seguinte daria prosseguimento a esse estilo em peças como Castro Alves pede passagem 1971 e principalmente Um grito parado no ar (1973. Que encenava as dificuldades da classe artística naquele período) e Ponto de Partida (1976. Onde utilizava uma vila da Idade Média como pano de fundo para focalizar a repressão a partir da morte do jornalista Vladimir Herzog), pontos capitais do teatro brasileiro nos anos 70.
 
Na década de 80, sua carreira como autor de teatro se tornaria cada vez mais esparsa, lançando poucos textos. Em 1988 escreveu Pegando fogo lá fora; em 1995 viria A canastra de Macário, que é o momento em que sua saúde lhe dá o primeiro susto, com um aneurisma na aorta. Em 1998 escreve com o filho Cláudio a peça Anjo na contramão e sua última peça foi A luta secreta de Maria da Encarnação, realizada em 2001.
 
Subiu num palco pela última vez no dia 15 de Agosto de 2005 (no mesmo Teatro Maria Della Costa onde 46 anos antes apresentara a peça “Gimba”). Fez o papel de Marcelo Belluomo na gravação da peça “Você tem medo do ridículo, Clark Gable?”, de Analy Alvarez, com direção de Roberto Lage, para o programa Senta que lá vem comédia da TV Cultura. O programa contou com a participação das atrizes Arlete Montenegro, Sônia Guedes, André Latorre, Neuza Velasco e o ator Luiz Serra, e foi ao ar no dia 24 de Setembro do mesmo ano.
 
Escreveu, em 1960, o libreto da ópera Um homem só, de Camargo Guarnieri.
 
Foi parceiro musical de compositores como Adoniran Barbosa, Carlos Lyra, Edu Lobo, Toquinho e Sérgio Ricardo.
 
Televisão
 
A partir do final dos anos 50, passou a conciliar sua bem-sucedida atividade no Teatro com uma presença cada vez maior na televisão e no cinema. Virou, assim, um dos nossos melhores e mais populares atores. Em TV, atuou em novelas como A muralha (1968) e Mulheres de areia (1973-74), ambas de Ivani Ribeiro, Éramos seis (1977), Jogo da vida (1981-82), Cambalacho (1986), Rainha da sucata 1990 e A próxima vítima (telenovela) (1995), todas de Sílvio de Abreu, Sol de verão (1982-83), de Manoel Carlos, Vereda tropical (1984-85), de Carlos Lombardi, Mandala (1987-88), de Dias Gomes e Que rei sou eu? 1989, de Cassiano Gabus Mendes, além de minisséries como Anos rebeldes 1992, de Gilberto Braga e Incidente em Antares 1994, de Nelson Nadotti e Charles Peixoto, baseada no livro homônimo de Érico Verríssimo. O público mais jovem provavelmente o reconhece pelo papel do carinhoso e divertido avô Orlando Silva da série juvenil Mundo da Lua (1991-92), escrita por Flávio de Souza.
 
Cinema
 
No cinema, além de protagonizar O grande momento, também participou de filmes como O jogo da vida 1976, de Maurice Capovilla, Gaijin – os caminhos da liberdade 1980, de Tizuka Yamasaki, Eles não usam black-tie 1981, de Leon Hirszman (versão para sua peça em que dessa vez interpretou o pai sindicalista), filme que ganhou o Prêmio Especial do Júri no Festival de Veneza, A próxima vítima (telenovela) 1983, de João Batista de Andrade, Beijo 2348/72 1990, de Walter Rogério e O quatrilho 1995, de Fábio Barreto. Seu último filme foi Contos de Lygia, de 98, em que contracenou com Natália Thimberg sob direção de Del Rangel.
Fernanda Montenegro e Gianfrencesco Guarnieri em cena do filme Eles não usam black-tie

Família
 
Guarnieri casou-se pela primeira vez em 1956 com a jornalista Cecília Thompson, com quem teve dois filhos, Paulo e Flávio Guarnieri, ambos também atores. Com sua companheira dos últimos 40 anos Vanya Sant’Anna, teve mais três filhos, Cláudia (Cacau), Mariana (que também seguiram carreira teatral) e Fernando Henrique.
 
Política
 
Foi Secretário da Cultura da cidade de São Paulo entre 1984 e 1986, durante o governo de Mário Covas. Nessa oportunidade procurou valorizar as ações comunitárias.
 
Carreira
Televisão – Telenovelas
 
1967 – O tempo e o vento – Excelsior – Padre Alonso
1967 – A hora marcada – Tupi – André
1968 – O terceiro pecado – Excelsior – Professor Alexandre
1968 – A muralha – Excelsior – Leonel
1969 – Os estranhos – Excelsior – Bernardo
1969 – Dez vidas – Excelsior – Tomás Antônio Gonzaga, o Dirceu
1970 – Meu pé de laranja lima – Tupi – Ariovaldo
1971 – Nossa filha Gabriela – Tupi – Giuliano
1972 – Signo da esperança – Tupi – Emílio
1972 – Camomila e bem-me-quer – Tupi – Olegario
1973 – Mulheres de areia – Tupi – Tonho da lua
1974 – Os inocentes – Tupi – Chico
1977 – Éramos seis – Tupi – Júlio
1978 – Roda de fogo – Tupi
1981 – Rosa baiana – Bandeirantes – Agenor
1981 – Jogo da vida – Manoel Vieira de Souza
1982 – Sol de verão – Caetano
1983 – Sabor de mel – bandeirantes – Pedro
1984 – Vereda tropical – Jamil
1986 – Cambalache – Jejê (Jerônimo Machado)
1987 – Helena – Manchete – Wálter Scott
1987 – Mandala – Túlio Silveira
1989 – Que rei sou eu? – Rei Petrus II
1989 – Cortina de vidro – SBT – Artur
1990 – Rainha da sucata – Saldanha
1991 – Mundo da lua – Cultura – Vô Orlando
1992 – Vamp – Delegado
1992 – Anos rebeldes – Dr. Salviano
1993 – O mapa da mina – Vicente Rocha
1994 – Incidente em Antares – Pudim de Cachaça
1995 – A próxima vítima – Eliseu Giardini
1996 – Razão de viver – SBT – Alcides
1997 – Canoa do Bagre – Record – Juarez
1998 – Serras azuis – Bandeirantes – Dr. Gross
1998 – Meu pé de laranja lima – Bandeirantes – Manoel
1999 – Terra nostra – Giulio Splendore
2000 – Vidas cruzadas – Record – Policarpo
2002 – Esperança – Pellegrini
2004 – Metamorphoses – Record – Dr. Eugênio
2006 – Belíssima – Pepe
 
Cinema
 
1958 – O grande momento
1976 – O jogo da vida
1980 – Gaijin – Os caminhos da liberdade
1980 – Asa branca – Um sonho brasileiro
1981 – Eles não usam black-tie
1983 – A próxima vítima (telenovela)
1990 – Beijo 2348/72
1995 – O quatrilho
1998 – Contos de Lygia