quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Dia 30 de Agosto de 2013 – Parte III

Elemento Terra: Omulu.

Manifestação de Omolu Obaluaye. No candomblé do Ile Ase Ijino Ilu Orossi
Omolu é um orixá nagô cultuado em religiões de matriz africana.

História
Olomu, na África, é considerado junto à sua mãe Nanã, o Orixá da morte. Se não é aquele que faz a transição do espírito que desencarnou, é o responsável pela morte dos enfermos. Em época de várias mortes com a varíola, foi responsabilizado pela morte de milhões de pessoas, sendo conhecido como o Orixá (ou FAUZER) da varíola.
É considerado o responsável pela passagem dos espíritos do plano material para o espiritual. Seus filhos são sérios, quietos, calados, alegres de vez em quando, ingênuos demais, porem espertos e observadores e um tanto teimoso. Seus filhos agem como pessoas muito idosas, são lentos e tem hábitos de pessoas muito velhas. Seus filhos também tem muitos problemas de saúde.
Mas assim como Omolu pode trazer a doença, ele também a leva. Os devotos lhe atribuem curas milagrosas, realizando oferendas de pipocas, o deburu ou doburu, em sua homenagem ou jogando-as sobre o doente como descarrego.

Em algumas casas de santo, as pipocas são estouradas em panelas com areia da praia aquecida, lembrando a ralação desse orixá com Iemanjá, chamado respeitosamente de tio, principalmente pelo povo da casa branca. Afinal, conta a história que Omolu, muito doente, foi abandonado num rio perto da praia por sua mãe Nanã, por ele ter nascido com grandes deformidades na pele. Iemanjá o toma como filho adotivo e o curou das doenças. Seu amor materno por ele foi tão grande, que ela o criou como seu próprio filho. Por isso, são realizadas oferendas a Omolu nas areias das praias do litoral brasileiro.
Vestido com palha da costa e com contas nas cores vermalha, preta e branca, Omolu dança o opanijé, dança ritual marcada pelo ritmo lento com pausas, enquanto segura em suas mãos o xaxará, instrumento ritual também feito de palha da costa e recoberto de búzios. Em alguns momentos da dança, Omolu espalha os eguns, (espíritos dos mortos) e afasta as doenças, com movimentos rituais.
Omolu também possui relação com Iansã, em especial Oyá Igbalá, qualidade de Iansã que costuma dançar na ponta dos pés e direcionar os eguns para o reino de Omolu.
Junto a Nanã Buruku, Ewá, Oxumaré e Tempo ou (Iroko), forma a família de orixás dahomeana, costuma ser representado às segundas-feiras e sincretizado com os santos católicos São Lázaro e São Bento de Núrsia, patrono da boa morte.
No sul, sudeste e centro-oeste do Brasil, em especial na Umbanda é sincretizado com São Roque.
No município de Cachoeira (Bahia), Omolu é cultuado pela Irmandade da Boa Morte que faz a lavagem da Igreja de São Lázaro.

Arquétipo
Seus filhos agem com mais idade do que tem pela entidade ser idosa. São irritáveis, mal-humorados e um tanto depressivos. Também são ingênuos, amigos e quando querem divertidos. Também são reservados, calados, observadores e prestativos. Ajudam a todos sem exceção e tem muitos problemas de saúde, que os acompanha desde o nascimento, adoecendo facilmente. Podem ser vingativos, porém perdoam. Tem pensamentos maduros que os ajudam a serem responsáveis e agir conscientemente.
Filhos de Omolu
Desconhecidos.

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