terça-feira, 17 de julho de 2012

Desabafo

Eu sei que algumas escolhas que faço não agradam a todos, como dizem “não podemos agradar gregos e troianos”. Não quero agradar ambas as partes, mais sim fazer o meu e poder contar com quem se dispôs a me ajudar com isso.

Não peço muito, pelo menos eu acho. Só peço para que não zombem do que conseguimos com tanto sacrifício. Se conseguimos foi por merecimento, e não porque achamos que seria legal ou bacana.

Existem coisas que faço para o bem maior que também não nos agrada. Um exemplo: eu paço o dia inteiro em um emprego que não gosto porque preciso, porque não consigo fazer o que gosto para viver, mais nem por isso eu deixo de tentar. E quando consigo uma oportunidade, algo que possa alavancar o sonho, as pessoas que na teoria deveriam estar comigo, só zombam, menosprezam, e nem ao menos se esforçam para levar, um pouquinho que seja, a sério todo o nosso esforço não levam.

Nessas horas sabem como me sinto? Me sinto um inútil, um fracassado, um peso morto. Porque é muito cômodo para que esta de fora, achando que o que fazemos é brincadeira, é só mais uma coisa para o meu domingo não passar sem que façamos nada. Mais e a nossa luta, tudo que já fizemos é em vão? Não significa nada? Não sei quanto aos demais mais o que fazemos todos os domingos é a minha vida.

Por isso peço encarecidamente que quem ler esse texto saiba que tudo que faço é pelo bem do todo e não pelo bem individual. Peço que não pisem nos sonhos dos outros como se não significasse nada. E quero pedir que não esqueçam que para puxar o tapete de outra pessoa, você também tem que subir no tapete.

Tiago Fernandes
diretor da Cia. Dunada de Teatro

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