Eu sei que algumas escolhas que faço não
agradam a todos, como dizem “não podemos agradar gregos e troianos”. Não quero
agradar ambas as partes, mais sim fazer o meu e poder contar com quem se dispôs
a me ajudar com isso.
Não peço muito, pelo menos eu acho. Só
peço para que não zombem do que conseguimos com tanto sacrifício. Se
conseguimos foi por merecimento, e não porque achamos que seria legal ou
bacana.
Existem coisas que faço para o bem maior
que também não nos agrada. Um exemplo: eu paço o dia inteiro em um emprego que não
gosto porque preciso, porque não consigo fazer o que gosto para viver, mais nem
por isso eu deixo de tentar. E quando consigo uma oportunidade, algo que possa alavancar
o sonho, as pessoas que na teoria deveriam estar comigo, só zombam, menosprezam,
e nem ao menos se esforçam para levar, um pouquinho que seja, a sério todo o
nosso esforço não levam.
Nessas horas sabem como me sinto? Me
sinto um inútil, um fracassado, um peso morto. Porque é muito cômodo para que
esta de fora, achando que o que fazemos é brincadeira, é só mais uma coisa para
o meu domingo não passar sem que façamos nada. Mais e a nossa luta, tudo que já
fizemos é em vão? Não significa nada? Não sei quanto aos demais mais o que
fazemos todos os domingos é a minha vida.
Por isso peço encarecidamente que quem
ler esse texto saiba que tudo que faço é pelo bem do todo e não pelo bem
individual. Peço que não pisem nos sonhos dos outros como se não significasse nada.
E quero pedir que não esqueçam que para puxar o tapete de outra pessoa, você também
tem que subir no tapete.
Tiago Fernandes
diretor da Cia. Dunada de Teatro
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