O realismo começou na França, na primeira metade do século XIX e opõe-se ao Romantismo, considerando que o mundo era independente da representação mental que o artista fizesse dela.
Pregava a atenção e fidelidade máxima ao real trazendo a reflexão sobre temas sociais. Real era considerado apenas aquilo que era percebido pelos sentidos, com observação e comprovação e sem abstrações.
A arte realista coincidiu com a predominância da mentalidade científica e a influência positivista, sendo que muitas peças mais pareciam teses.
As características do Realismo são: os ambientes localizados precisamente; a descrição de costumes e fatos contemporâneos; o gosto pelo detalhe mínimo, a linguagem coloquial, familiar e regional e a excessiva objetividade na descrição e na análise dos personagens. Destaque para Henrik Ibsen (Noruega - 1828- 1906), o maior nome do realismo no teatro começou com um romantismo nacional até adquirir as características realistas.
O Teatro Realista teve dificuldades para se impor na Inglaterra por causa da tradição poética de Shakespeare e do teatro Elizabetano, além da ação da censura. Seus principais autores foram: Oscar Wilde (1854-1900) escreveu espirituosas comédias da sociedade e Bernard Shaw (1856-1950) um Ibsen sem poesia, com muita perspicácia social, dentro da tradição inglesa da comédia de crítica social.
O Teatro Realista evoluiu na Rússia com Constantin Stanislavski, o grande ator, diretor e mestre de teatro, criador do famoso “Método”. Entre os principais autores, destacam-se: Nicolai Gogol (1809-1852) foi uma transição do romantismo fantástico para um realismo crítico, sendo a primeira expressão da escola realista na Rússia e Leon Tolstoi (1828-1910) que se aproxima do estilo de Ibsen, porém com grande religiosidade eslava.
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